terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Infantil Fanatismo"



Assim como um adulto sofre de fanatismo religioso,de certo,arrasta seu filho pelo mesmo caminho.
Os pais tentam criar seus filho como eles são,frustrados,ansiosos,temerosos e etc.;queriam ser dr. em mas não conseguiram e querem agora que o filho realize seu desejo e como desejo é sempre uma ordem, muitas crianças passam a “adotar” uma religião por obrigação,embora,ainda não tem opinião formada.
Os pais querem o melhor para com seus filho sim,mas como nessa situação podem diferenciar uma religião de uma doutrina, de algo prejudicial ou saudável,de algo exagerado por limites se nem eles sabem o que é melhor para eles mesmos.
O fanatismo pode ser perigoso a partir do momento que a criança ou o adolescente vive somente em função da religião e deixa de fazer as atividades comuns à sua fase.
“Se eles deixam de estudar, de brincar, de se relacionar com os outros para se fechar em um "mundinho", aí já não tem mais jeito,pois de certo houve uma "lavagem cerebral”.
- A fé viva não é patrimônio transferível,é conquista pessoal.

"A senhora tem um minuto para ouvir a palavra de Exu caveira?"
Imposição religiosa;família de preconceito religioso;devemos respeitar a fé e religião de todos sem preconceito ou imposições,claro.
Em torno da fé existem inúmeras afirmativas negando-lhe o caráter racional.
Segundo alguns teólogos, raciocina-se sobre a crença, mas não sobre a fé.
A fé, segundo eles, é uma virtude, um dom que transcende a própria razão.
Por colocarem-na como virtude ou dom transcendental, pertencente exclusivamente à área do sentimento, é que muitas pessoas confundem emoção com fé.
Chegam a confundir prosperidade material com a espiritual,barganha-se com Deus a fim de uma vida boa a regalar-se com bens materiais e o que pior,se nada disso tiverem o "devorador" está em sua vida(!?)
Por isso, é comum pessoas dizerem  ter sentido uma fé imensa, capaz de levá-las a grandes realizações, no momento em que ouviam o relato de passagens do Evangelho, ou de ações levadas a efeito por benfeitores da Humanidade, ou até mesmo em decorrência da simples leitura de uma página edificante.
Existe uma "única" bíblia com diversas interpretações e a cada interpretação de acordo com interesse excurso de cada orador.
A emoção, a vibração espiritual que os atos nobres suscitam nas almas já portadoras de alguma sensibilidade não pode ser confundida com fé.
O estado emocional é transitório, enquanto a fé é permanente.
A emoção, se analisada e orientada pela inteligência, pode ser auxiliar valiosa para levar a criatura a modificar-se para melhor.
Entretanto, se não for esclarecida pela razão pode conduzir ao fanatismo, à chamada fé cega, que é a negação da própria fé,aquela que não tem fundamento científico, que é irracional, sem lógica sendo o oposto não é apoteótico.
O mundo está cheio de exemplos tristes dos frutos do fanatismo religioso.
Em nome da fé, quantas perseguições, quantas mortes e até guerras?
Ainda nos dias atuais, principalmente na semana santa, existem pessoas que vertem seu próprio sangue, ferindo seus corpos, ou se entregam a privações terríveis no intuito de mostrar sua fé em Deus.
Se raciocinassem, veriam que Deus, como Pai amoroso, bom e misericordioso, nunca poderia ser homenageado com o derramamento do sangue dos Seus filhos.
Essa concepção de um deus sanguinário, combateu-a o Profeta Elias, séculos antes de Jesus, quando enfrentou os sacerdotes adoradores do deus Baal. (I Reis, 18: 22 a 40).
Aprende-se no Espiritismo que, na sua caminhada evolutiva, o Espírito vai conhecendo as leis de Deus, vai percebendo-lhes a perfeição e, quanto mais as conhece, mais se identifica com elas, mais confia na justiça e no amor do Criador, mais se conscientiza da Sua perfeição, mais tem fé e fé sadia.
Essa a fé que nasce do entendimento,inabalável, indestrutível.
“Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu creio, mas afirmar eu sei, com todos os valores da razão, tocados pela luz do sentimento.”
A fé que o Espiritismo preconiza não é uma fé contemplativa, capaz de levar uma pessoa à imobilidade, em situações de êxtase, em que fica aguardando providências de Deus em seu favor.
Ao contrário, é uma fé dinâmica, edificada vagarosa e conscientemente pelo Espírito, à medida que evolui.

A árvore da fé viva não cresce no coração miraculosamente.
A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.
A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.
A fé espírita não é aquela que se fixa em objetos materiais como cruzes, escapulários, bentinhos, talismãs, amuletos, medalhas, etc.
O espírita tem fé em Deus, em Jesus, nos bons Espíritos, entidades dotadas de sentimento e de inteligência, seres capazes de movimentar recursos em seu favor.
Essa fé é muito diferente da crença infantil num pretenso poder mágico de objetos materiais, que não poderiam jamais movimentar, com inteligência e sentimento, recursos a benefício de alguém.
Entretanto, é lícito se indague sobre a origem da fé raciocinada.
Teria ela nascido com o Espiritismo? Não, a fé raciocinada nos vem de Jesus, dos ensinamentos do seu Evangelho.
O Mestre mudou completamente o próprio conceito de religião, introduzindo no campo até então puramente emocional da fé, o componente razão, entendimento. Ninguém, até Jesus, fez tantos apelos ao raciocínio no âmbito religioso.
Kardec, conhecedor profundo da atuação de Jesus, o conhecia, não como um místico, mas como um educador de almas que, ao tempo em que tocava o sentimento daqueles que o ouviam, sabia também levá-los ao entendimento das lições...
Por isso, tem a Doutrina Espírita essa característica de racionalidade.
E não podia ser de outra forma, de vez que ao Espiritismo coube o papel de reviver o Cristianismo na sua pureza, simplicidade e pujança originais.
Jesus nunca explorou a emoção de ninguém.
Sua fala, mansa e humilde, precisa e firme, era dirigida ao sentimento e à inteligência.
Suas lições foram sempre pautadas no diálogo, através do qual propunha o exame racional daquilo que ensinava.
Há um Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
A prova da existência de Deus temo-la neste axioma:
"Não há. efeito sem causa".
Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou, sequer, para os explicar.
A causa está acima da Humanidade.
É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-Hi, Grande Espírito, etc.
Tais efeitos absolutamente não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem.
Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta uma idéia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas.
E o que é Deus, o que é a fé?
Deus é a causa é, pois, soberana-mente inteligente.
Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
Se tivesse tido começo, alguma coisa houvera existido antes dele, ou ele teria saído do nada, ou, então, um ser anterior o teria criado.
É assim que, degrau a degrau, remontamos ao infinito na eternidade.
É imutável;se estivesse sujeito à mudança, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.
É imaterial;sua natureza difere de tudo o a que chamamos matéria, pois, do contrário, ele estaria sujeito às flutuações e transformações da matéria e, então, já não seria imutável.
É único;se houvesse muitos Deuses, haveria muitas vontades e, nesse caso, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.
É onipotente, porque é único.
Se ele não dispusesse de poder soberano, alguma coisa ou alguém haveria mais poderoso do que ele; não teria feito todas as coisas e as que ele não houvesse feito seriam obra de outro Deus.
É soberanamente justo e bom,por isso nos deu a reencarnação.
A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas mais mínimas coisas como nas maiores e essa sabedoria não permite se duvide nem da sua justiça, nem da sua bondade.
Deus é infinito em todas as suas perfeições.
Se supuséssemos imperfeito um só dos atributos de Deus, se lhe tirássemos a menor parcela de eternidade, de imutabilidade, de imaterialidade, de unidade, de onipotência, de justiça e de bondade, poderíamos imaginar um ser que possuísse o que lhe faltasse, e esse ser, mais perfeito do que ele, é que seria Deus.

Censurado por haver curado uma mulher paralítica num sábado, bem poderia deixar que a própria cura falasse por ele, mas não perdeu a oportunidade de, através de uma pergunta, fazer pensar aqueles que o ouviam: “(...) no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou o jumento, e não o leva a beber?
E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de A-braão, a qual há dezoito anos Satanás a tinha presa?” (Lc, 13: 15 e 16).
De outra feita, ele próprio perguntou aos doutores da lei, antes de curar um homem: “É lícito curar no sábado?” (Lc, 14: 3). Como não respondessem, Jesus curou o hidrópico e o despediu. Depois, ele volta a inquiri-los, a fim de conscientizá-los de que acima da letra morta há uma interpretação racional, inteligente: “Qual de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?” (Lc, 14: 5).
“E orando, não useis de vãs repetições...” (Mt, 6: 7). Quer o Mestre dizer que devemos orar com plena consciência daquilo que falamos, que a nossa oração não seja uma repetição emocional de uma fórmula decorada, como se fosse algo recitado ou declamado.
Ao contrário, que seja uma mensagem conscientemente elaborada, com um conteúdo de comunicação dirigida ao Alto, e que não seja uma simples ladainha.
Jesus, ao conversar com a samaritana, à beira do poço de Jacó, demonstra que não necessitava de inquirir alguém para informar-se de algo.
Ali deixa claro para ela que conhecia-lhe o passado como a palma de sua mão. (Jo, 4: 17). Entretanto, freqüentemente fazia perguntas para suscitar dúvida no seu interlocutor, a fim de fazê-lo pensar, raciocinar e não receber passivamente um ensinamento: “Qual é mais fácil? Dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te e anda?” (Lc, 5: 23).
Ao invés de fazer um discurso eloqüente e emocionado sobre a Providência Divina, o Mestre busca, através de perguntas, levar seus ouvintes a pensarem, a raciocinarem sobre Deus.
Depois de lhes ter falado sobre os lírios do campo, dizendo que Deus os veste, e compara sua vestimenta ao luxo do rei Salomão: “Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?” (Mt, 6: 30).
“E qual de vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?” (Mt, 7: 9 a 11).
Também por essa passagem pode-se ver que Jesus não buscava levar ninguém a uma adoração emotiva, a uma fé cega.
Ele poderia ter dito, por exemplo que se deve ter fé em Deus, criador de tudo o que existe, que é bom, amoroso, misericordioso, providente etc.
Mas não, só isso não bastava.
Se ficasse só nessas afirmações, teria suscitado uma fé passiva.
Ele queria fazer as criaturas entenderem, através de uma comparação, que o Todo Poderoso deveria ser, necessariamente, melhor que um pai terreno e, portanto, capaz de dar maiores bens aos Seus filhos - A fé.

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