segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"Aparições sobrenaturais"


Os Espíritos podem se tornar visíveis sim!
De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes são sem dúvidas aquelas pelas quais os Espíritos podem se tornar mais visíveis. 
Pela explicação da Radiestesia a esse fenômeno, veremos que ele, como os outros, nada tem de sobrenatural.
Para Radiestesia, o perispírito, no seu estado normal, é invisível; mas, como é formado de substância etérea, o Espírito, em certos casos, pode, por ato da sua vontade, fazê-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível,(as moléculas no plano astral são mais espaçadas do que no plano Terreno).
É assim que se produzem as aparições, que não se dão, do mesmo modo que os outros fenômenos, fora das leis da Natureza. nada tem esse de mais extraordinário, do que o do vapor que, quando muito rarefeito, é invisível, mas que se torna visível, quando condensado.
Conforme o grau de condensação do fluido perispirítico, a aparição é às vezes vaga e vaporosa; doutras vezes, mais nitidamente definida; doutras, enfim, com todas as aparências da matéria tangível.
Pode, mesmo, chegar, até, à tangibilidade real, ao ponto de o observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si.
São freqüentes as aparições vaporosas, forma sob a qual muitos indivíduos, depois de terem morrido, se apresentam às pessoas que lhes são afeiçoadas.
As aparições tangíveis são mais raras, se bem haja delas numerosíssimos casos, perfeitamente autenticados.
Se o Espírito quer dar-se a conhecer, imprime ao seu envoltório todos os sinais exteriores que tinha quando vivo.
É de notar-se que as aparições tangíveis só têm da matéria carnal as aparências; não poderiam ter dela as qualidades.
Em virtude da sua natureza fluídica, não podem ter a coesão da matéria, porque, em realidade, não há nelas carne.
Formam-se instantaneamente e instantaneamente desaparecem, ou se evaporam pela desagregação das moléculas fluídicas.
Os seres que se apresentam nessas condições não nascem, nem morrem, como os outros homens.
São vistos e deixam de ser vistos, sem que se saiba donde vêm, como vieram, nem para onde vão.
Ninguém os poderia matar, nem prender, nem encarcerar, visto carecerem de corpo carnal.
Atingiriam o vácuo os golpes que se lhes desferissem.
Tal o caráter dos "agêneres", com os quais se pode confabular, sem suspeitar de que eles o sejam, mas que não demoram longo tempo entre os humanos e não podem tornar-se comensais de uma casa, nem figurar entre os membros de uma família.
Ao demais, denotam sempre, em suas atitudes, qualquer coisa de estranho e de insólito que deriva ao mesmo tempo da materialidade e da espiritualidade: neles, o olhar é simultaneamente vaporoso e brilhante, carece da nitidez do olhar através dos olhos da carne; a linguagem, breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana; a aproximação deles causa uma sensação singular e indefinível de surpresa, que inspira uma espécie de temor; e quem com eles se põe em contacto, embora os tome por indivíduos quais todos os outros, é levado a dizer involuntariamente: "Ali está uma criatura singular".
É racional assustar-se com a aparição de um Espírito,pois as pessoas que tem medo da solidão e do escuro, raramente compreendem a causa do seu pavor.
Elas não saberiam dizer do que tem medo, mas certamente deviam recear-se mais de encontrar homens do que Espíritos, porque um malfeitor é mais perigoso em vida do que após a morte.
A iniciativa é daquele que "aparece"; nas aparições, aquele que aparece é que toma a iniciativa.
A finalidade de um Espírito se manifestar numa forma angelical ou de "santo" visivelmente é para impressionar os sentidos de quem vê ou ao grupo,e para revelar certos momentos importantes,aumentando a fé, consequência deste "encontro".
Outro canal que viabiliza uma aparição é pelo ectoplasma expelido pelo grupo de pessoas,(médium sem saber que são médium), que proporciona pela sua maestria em conseguir captar tal aparição.
É por isso quando há notícias de aparições de Nossa Senhora Rainha do Rosário,por exemplo há uma romaria facilitando o fenômeno,agora,quando é um caso isolado,onde somente um curioso vai ver pra crer não aparece nada e cai o caso,seja qual for, em descrença.
O objetivo do(s) Espírito(s) que aparece(m) com boa intenção é de Consolar; dar conselhos,passar mensagens e algumas vezes pedir assistência para si mesmos, o oposto disso é assustar e muitas vezes vingar-se.
É então para por à prova aqueles que os vêem.
A intenção do Espírito pode ser má, mas o resultado pode ser bom.
Aquele que vê um Espírito pode conversar com ele perfeitamente,perguntando quem é , o que deseja e o que se pode fazer por ele.
Se o espírito for infeliz e sofredor, o testemunho de comiseração o aliviará.
Se for um Espírito benévolo, pode acontecer que tenha a intenção de dar bons conselhos e é justamente o que se deve fazer nesse caso.
Temos a ocasião da aparição de Nossa Senhora de Fátima como um testemunho da sua presença ativa na vida da Igreja.
São uma manifestação particular deste amor maternal que "a faz cuidar dos irmãos de seu Filho, que caminham ainda na Terra atá chegarem à Pátria definitiva" (plano espiritual).
As aparições não têm por finalidade trazer uma revelação nova, mas recordar ou realçar este ou aquele aspecto da doutrina do evangelho.
Mais nada pode fazer Maria senão repetir incessantemente as palavras de Caná: "Fazei o que Ele (o seu Filho) vos disse".
Os fenômenos de aparição são muito mais freqüentes e gerais do que se pensa, mas muitas pessoas não os revelam por medo do ridículo e outras os atribuem à ilusão,(a própria igreja é culpada disso,pois nem ela acredita de primeira).
Se parecem mais abundantes em certos povos é porque esses conversam mais cuidadosamente as tradições verdadeiras ou falsas, quase ampliadas pelo fascínio do maravilhoso, a que se o aspecto das localidades se presta mais ou menos.
A credulidade faz ver, então, efeitos sobrenaturais aos fenômenos mais vulgares; o silêncio da solidão, o escapamento dos caminhos, o rumorejar das florestas, o estrépito das tempestades, o eco das montanhas, a forma fantástica das nuvens, as sombras, as miragens, tudo enfim se presta à ilusão das imaginações simples e ingênuas, que propagam de boa fé aquilo que viram ou que acreditam ter visto.
Mas ao lado da ficção há o real,que o estudo sério da Radiestesia consegue livrar dos acessórios ridículos da superstição.
Um efeito peculiar aos fenômenos dessa espécie consiste em que as aparições vaporosas e, mesmo, tangíveis, não são perceptíveis a toda gente, indistintamente.
Os Espíritos só se mostram quando o querem e a quem também o querem.
Um Espírito, pois, poderia aparecer, numa assembléia, a um ou a muitos dos presentes e não ser visto pelos demais.
Dá-se isso, porque as percepções desse gênero se efetuam por meio da vista espiritual, e não por intermédio da vista carnal; pois não só aquela não é dada a toda gente, como pode, se for conveniente, ser retirada, pela só vontade do Espírito, àquele a quem ele não queira mostrar-se, como pode dá-la, momentaneamente, se entender necessário.
À condensação do fluido perispirítico nas aparições, indo mesmo até à tangibilidade, faltam as propriedades da matéria ordinária: se tal não se desse, as aparições seriam perceptíveis pelos olhos do corpo e, então, todas as pessoas presentes as perceberiam.
Devem acolher-se com extrema reserva as narrativas de aparições puramente individuais que, em certos casos, poderiam não passar de efeito de uma imaginação sobre-excitada e, porventura, de uma invenção com fins interesseiros.
Convém, pois, levar em conta, muito escrupulosamente, as circunstâncias, a honradez da pessoa, assim como o interesse que ela possa ter em abusar da credulidade de indivíduos excessivamente confiantes.
Podendo o Espírito operar transformações na contextura do seu envoltório perispirítico e irradiando-se esse envoltório em torno do corpo qual atmosfera fluídica, pode produzir-se na superfície mesma do corpo um fenômeno análogo ao das aparições.
Pode a imagem real do corpo apagar-se mais ou menos completamente, sob a camada fluídica, e assumir outra aparência; ou, então, vistos através da camada fluídica modificada, os traços primitivos podem tomar outra expressão.
Se, saindo do terra-a-terra, o Espírito encarnado se identifica com as coisas do mundo espiritual, pode a expressão de um semblante feio tornar-se bela, radiosa e até luminosa; se, ao contrário, o Espírito é presa de paixões más, um semblante belo pode tomar um aspecto horrendo.
Assim se operam as transfigurações, que refletem sempre qualidades e sentimentos predominantes no Espírito.
O fenômeno resulta, portanto, de uma transformação fluídica; é uma espécie de aparição perispirítica, que se produz sobre o próprio corpo do vivo e, algumas vezes, no momento da morte, em lugar de se produzir ao longe, como nas aparições propriamente ditas.
O que distingue as aparições desse gênero é o serem, geralmente, perceptíveis por todos os assistentes e com os olhos do corpo, precisamente por se basearem na matéria carnal visível, ao passo que, nas aparições puramente fluídicas, não há matéria tangível.

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