sábado, 4 de julho de 2015

"Invocação para Evocação"

É comum muitas pessoas associarem a Invocação e a Evocação como sinônimos, enquanto possuem uma diferença definitiva em um ritual.
A Invocação se caracteriza por convidar a Divindade para participar do ritual no corpo de uma pessoa responsável. Foi muito usado por algumas pessoas do passado para santificar objetos ou lugares, assim como é usado pela Igreja Católica para a transformação do pão em corpo de Cristo e do vinho em Sangue de Cristo.
A Evocação já é o convite à Divindade para participar do ritual em matéria astral ou espiritual, fora do corpo do oficiante responsável, porém dentro do espaço sagrado. Isso possibilita a conversa direta e a percepção das energias divinas. O que é muito usado durante uma oração padrão.
Após essa distribuição de conceitos, é comum pensar em invocação igual à possessão, mas não é a possessão é a permanência não autorizada de um espírito ou divindade em acoplar no perispírito de uma pessoa,(no caso seria,de  perispírito para  perispírito),o que se caracteriza por uma forma imperialista de estar entre nós, pois a possessão tira o “dono”do corpo" de qualquer autonomia e liberdade sobre suas ações, dando total direito ao ser que o possuí.
E nossas Divindades não são assim, elas são convidadas a estar acoplado no  perispírito do responsável,porém,espíritos elevados não o "possuem-nos", eles apenas agem através da mente responsável, mas dando ao “dono” da mente total autonomia e liberdade para agir, dando inclusive liberdade para dispersar o "Deus" que age dentre dele na hora certa.
A utilização da invocação ou da evocação é variante de acordo com a função do ritual ou do pedido feito aos deuses, dos membros que participaram do ritual, dos oficiantes e do que potencialmente “cederá o corpo". Caso seja solitário, a decisão é totalmente sua.
A possessão existe, em quase todos os relatos não houve possessão por parte dos bons espíritos, mas sim por outras entidades. Em sua maioria a possessão deve ser tratada com calma e coerência, como poucos são os membros da Antiga Arte que dominam essa prática de dissolução da possessão, recomenda-se que nestes casos seja procurado uma casa espírita que faça desobsessão padrão.
Há casos, apesar de extremamente raros, em que a espírito de luz decidiu por razões desconhecidas acoplar no  perispírito de um dos membros que não o invocador. Nestes casos, a resolução é simples, o invocador – que naturalmente é uma pessoa experiente e sábia no quesito invocação – tenta calmamente conversar como a pessoa cuja entidade Divina está presente, explicando-lhe o que está ocorrendo, então atribui a ela os devidos ensinamentos para lidar com a presença divina e o ritual então pode prosseguir. Todavia, os demais membros devem ter calma, e paciência, durante esse processo para não angustiar a pessoa despreparada, até porque se encontram em um Círculo Inviolável.
Outra tentativa é conversar com a Divindade e solicitar que ela se acople em uma pessoa devidamente preparada.
A maioria de nós possui a preparação básica, uma vez que na Antiga Arte todos somos sacerdotes podendo realizar individualmente qualquer ritual,pois fomos "bruxos" em vidas passadas e uns dos maiores "macumbeiros mentais" por desejar mal ao seu próximo,então, são raros os integrantes que entram em um ritual totalmente despreparados, mas é mais raro ainda casos como este.

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