quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

"Eu vejo pessoas mortas!"

Há ESPÍRITOS!

Uma selfie,um espírito...
Jéssica fez uma selfie em sua casa e publicou a imagem no Instagram. Até aí, nada que fuja do normal. O que intrigou a gata não foi sua pose nem o ângulo da foto, mas sim um suposto espírito, que aparece no fundo da imagem, no espelho. "Não faço ideia do que seja isso...",disse ela na legenda.
Na verdade, há ESPÍRITOS!
A causa principal da dúvida sobre a existência dos Espíritos é a ignorância da sua verdadeira natureza. Imaginam-se os Espíritos como seres à parte na Criação, sem nenhuma prova da sua necessidade. Muitas pessoas só concedem os Espíritos através das histórias fantasiosas que ouviram em crianças, mais ou menos como as que conhecem História pelos romances. Não procuram saber se essas histórias, desprovidas do pitoresco,podem revelar um fundo verdadeiro, ao lado do absurdo que as choca. Não se dão ao trabalho de quebrar a casca da noz para descobrir a amêndoa. Assim, rejeitam a história, como fazem os religiosos que, chocados por alguns abusos, afastam-se da religião.
Seja qual for à idéia que se faça dos Espíritos, a crença na sua existência decorre necessariamente do fato de haver um princípio inteligente no Universo, além da matéria. Essa crença é incompatível com a negação absoluta do referido princípio. Partimos, pois, da aceitação da existência, sobrevivência e individualidade da alma, de que o Espiritualismo em geral nos oferece a demonstração teórica dogmática, e o Espiritismo a demonstração experimental. Mas façamos, por um instante, abstrações das manifestações propriamente ditas, e raciocinemos por indução. Vejamos a que conseqüências chegaremos.
Admitimos a existência da alma e da sua individualidade após a morte, é necessário admitir também que a sua natureza é diferente da corpórea, pois ao separar-se do corpo ela não conserva as propriedades materiais;Que ela possuía consciência própria, pois lhe atribuímos a capacidade de ser feliz ou sofredora, e que tem de ser assim, pois do contrário ela seria um ser inerte e de nada nos valeria a sua existência.
Admitindo isso, é claro que a alma terá de ir para algum lugar. Mas para onde vai, e o que é feito dela? Segundo a crença comum, ela vai para o Céu ou para o Inferno. Mas onde estão o Céu e o Inferno? Dizia-se antigamente que o Céu estava no alto e o Inferno embaixo. Mas o que é o alto e o baixo no Universo desde que sabemos que a Terra é redonda; que os astros giram, de maneira que o alto e o baixo se revezam cada doze horas para nós; e conhecemos o infinito do espaço, no qual podemos mergulhar a distâncias incomensuráveis?
É verdade que podemos entender por lugares baixos as profundezas da Terra. Mas o que são hoje essas profundezas, depois das escavações geológicas? O que são, também, essas esferas concêntricas chamadas céu de fogo, céu das estrelas, depois que aprendemos não ser o nosso planeta o centro do Universo, e que o nosso próprio Sol nada mais é do que um entre milhões de sóis que brilham no infinito, sendo cada qual o centro de um turbilhão planetário? Que foi feito da antiga importância da Terra agora perdida nessa imensidade? E por que estranho motivo este imperceptível de areia, que não se distingue pelo seu tamanho, nem pela sua posição, nem qualquer papel particular no cosmo, seria o único povoado de seres racionais? A razão se recusa a admitir essa inutilidade do infinito, e tudo nos diz que esses mundos também são habitados. E se assim é eles também fornecem os seus contingentes para o mundo das almas. Então, voltamos à pergunta: em que se tornam as almas, depois da morte do corpo, e para onde vão? A Astronomia e a Geologia destruíram as suas antigas moradas, e a teoria racional da pluralidade dos mundos habitados multiplicou-as ao infinito. Não havendo concordância entre a doutrina da localização das almas e os dados das ciências, temos de aceitar uma doutrina mais lógica, que não lhes marca este ou aquele lugar circunscrito, mas dá -lhes o espaço infinito: é todo um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos, rodeados por elas.
Há nisso alguma impossibilidade, qualquer coisa que repugne à razão? Nada, absolutamente. Tudo nos diz, pelo contrário, que não pode ser de outra maneira. Mas em que se transformam as penas e recompensas futuras, se as almas não vão para determinado lugar? Vê-se que a idéia dessas penas e recompensas é absurda e que dá motivo à incredulidade. Mas entendemos que as almas, em vez de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam em seu íntimo, a felicidade ou a desgraça, pois a sorte de cada uma depende de sua condição moral, e que a reunião das almas boas e afins se agrupam;seja por motivo de felicidade,de tristeza,de moral,de antipatia,onde tudo se torna mais fácil.
Mas a pergunta que não quer calar é: Por que o "espírito da foto" se fez visível?
Descreverei a questão da máquina fotográfica que não precisa ser especial para fotografar espíritos e a sua impressão ocorre porque a câmera consegue registrar a presença da cor.
Já em "escotografia", (fotografia do pensamento) é rara. Para que este fenômeno ocorra é necessário a presença de uma pessoa que possua o poder paranormal de fixar imagens, fatos passados ou futuros em filmes fotográficos.
Todos nós somos médiuns,uns mais, outro menos. Uns mais desenvolvido,outros a desenvolver. Quem consegue vê espírito,é considerado videntes,que nada mais é do que pessoas dotados da faculdade de ver os Espíritos. Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo. É raro que esta faculdade seja permanente , sendo quase sempre o resultado de uma crise súbita e passageira.
Posso incluir na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de segunda-vista. A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência.
A criatura vidente acredita ver pelos olhos, como os que tem a dupla-vista, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados. Dessa maneira, um cego pode ver os Espíritos como os que têm visão normal.
Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As primeiras ocorrem com mais freqüência no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas, que vêm advertir-nos de sua passagem para o outro mundo. Há numerosos exemplos de casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono. De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda. Essa ajuda é sempre a execução de um serviço que ele não pôde fazer em vida ou o socorro das preces.
Essas aparições constituem fatos isolados,tendo um caráter individual e pessoal. Não constituem, pois, uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos freqüente, de ver os Espíritos que se aproximam, mesmo que estranhos. É essa faculdade que define uma pessoa como médium vidente.
Entre as pessoas videntes há os que vêem somente os espíritos evocados, podendo descrevê-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressão fisionômica, os traços característicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam. Há outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a população espírita do ambiente ir e vir e, poderíamos dizer, entregue a seus afazeres.
Há outro fato que prova a influência dos espíritos sobre os homens, sem que eles o percebam.
A faculdade de ver os espíritos pode sem dúvida se desenvolver, mas é uma dessas faculdades cujo desenvolvimento deve processar-se naturalmente, sem que o provoque, se não se quiser expor-se às ilusões da imaginação. Quando temos o germe de uma faculdade, ela se manifesta por si mesma. Devemos, por princípio, contentar-nos com aquelas que Deus nos concedeu, sem procurar o impossível. Porque então, querendo ter demais, arrisca-se a perder o que se tem.
Quando digo que os casos de aparições espontâneas são freqüentes,como o caso desta "selfie", não quero dizer que sejam comuns. Quanto as pessoas que vê "pessoas mortas", propriamente ditos, são ainda mais raros e tenho muitas razões para desconfiar dos que pretendem ter essa faculdade. É prudente não lhes dar fé senão mediante provas positivas. Não me refiro aos que alimentam a ridícula ilusão dos Espíritos-glóbulos, mas aos que pretendem ver os Espíritos de maneira racional.
Algumas pessoas podem sem dúvida enganar-se de boa fé, mas outras podem simular essa faculdade por amor-próprio ou por interesse. Nesse caso, deve-se particularmente levar em conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais da pessoa. Mas é sobretudo nas questões circunstanciais que se pode encontrar o mais seguro meio de controle. Porque há circunstâncias que não podem deixar dúvidas, como nos casos de exata descrição de Espíritos que o médium jamais teve ocasião de conhecer quando encarnados.
O ser pensante durante a vida terrena não deve mais pensar depois que desencarna;
Se ele pensa, não deve mais pensar nos que amou,(É melhor não "olhar pra trás" e seguir em frente);
Se pensa nos que amou, não deve querer comunicar-se com eles,(Para não atrapalha-los);
Se pode estar em toda parte, pode estar ao nosso lado;
Se está ao nosso lado,pode comunicar-se conosco;
Por meio do seu corpo fluídico, não pode agir sobre a matéria inerte;
Se pode agir sobre a matéria inerte, pode agir sobre um ser vivo;
Se pode agir sobre um ser vivo, pode dirigir-lhe a mão para fazê-lo escrever,(Psicografia);
Podendo fazê-lo escrever,pode responder-lhe as perguntas, transmitindo-lhe pensamento.
Há os adversários do Espiritismo que fazem questão de demonstrar que isso tudo não é possível,mas através de razões tão evidentes como as de Galileu para provar que o Sol não girava em torno da Terra, então poderemos dizer que as suas dúvidas são fundadas. Mas até hoje, infelizmente, toda a sua argumentação se resume nestas palavras: "Não creio, porque é impossível. Eles retrucarão, sem dúvida, que cabe a nós provar a realidade das manifestações. Já lhes demos as provas, pelos fatos e pelo raciocínio; se recusam umas e outras, e se negam até mesmo o que vêem, cabe a eles provar que os fatos são impossíveis e que o nosso raciocínio é falso".

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