quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A mente de um socialista

*Pra começo de conversa, muitos não gostam de estudar. Foram péssimos
estudantes, *a maioria com várias repetências de ano*. Mas são de família de
classe média, onde sempre sofreram pressão pra "ser alguém na vida". Como
são preguiçosos, sem disciplina e folgados precisam arrumar um jeitinho pra
se dar bem, e se fazerem passar por coisas que não são.*

* *

*Fingir que é culto, "engajado" e "crítico" rende pontos. *Assim prestam
vestibular sem concorrência, de preferência em um curso de Geografia,
Ciências Sociais, História ou Filosofia *e começam sua carreira de
charlatanismo.*

* *

*Ali na universidade encontram todas as ferramentas: professores
barbudinhos, livros de esquerda, palestras com "doutores" no assunto e até o
assédio de políticos "guerreiros"



*É claro que não estudam nada. Vivem o tempo todo no DCE, deitados no chão,
passeando no campus com aquelas mochilas velhas, calças cargo, sandálias de
couro, cabelos ensebados e, de vez em quando, um "lolozinho". *



Alguns começam a se infiltrar nos sindicatos e nas reuniões dos sem-terra*.
Já começam a se achar revolucionários, reserva intelectual das massas
proletárias exploradas e das causas revolucionárias.*



*Assim, se passam por intelectuais, cultos, moderninhos e diferentes.
Sentem-se mais seguros para atacar as mulheres, achando que elas são doidas
por esse tipo de gente.*



*Começam a ver os amigos que estão trabalhando ou cursando Engenharia,
Medicina, Direito ou Administração como pobres coitados que não tiveram a
chance da "iluminação". *



Como não trabalham e vivem apenas da mesada, estão sempre lisos*. Aí começa
a brotar o ódio por quem se veste um pouco melhor ou tem um carrinho
popular. São os que eles chamam de "porcos capitalistas" ou "burgueses
reacionários".*



*Começam uma fase mais aloprada da vida quando passam a ouvir Chico Buarque
e músicas andinas. Nessa fase já começam a pensar em se tornar terroristas,
lutar ao lado dos norte-coreanos etc. Não usam mais desodorante e a cada 5
minutos aparece nas suas mentes a imagem de um MacDonald's totalmente
destruído.*



*Mas é claro que o que querem não é a revolução, isso é apenas uma desculpa.
Como são incompetentes para quase tudo, até mesmo para bater um prego na
parede, e sentem vergonha de fazer trabalhos mais simples, e são arrogantes
o suficiente para não começar por baixo, querem saltar etapas. Querem no
fundo a coisa que todo esquerdista mais deseja, mesmo que de forma
subliminar... *um emprego público!



*Mas aí surge um outro problema: é a coisa mais difícil passar em um
concurso.

É preciso estudar (argh!).*



*Assim, sonham com a "revolução" proletária, com a tomada do poder por uma
elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente, afinal são da
mesma tribo.*


*Assim, ocuparão, por indicação, um cargo comissionado em alguma repartição
qualquer, onde ganharão um bom salário para poder aplicar seus "vastos e
necessários conhecimentos" adquiridos durante anos na luta pela derrubada do
sistema capitalista imundo.*



*Nessa fase cortarão o cabelo, tomarão banho, usarão terno, passarão a
apreciar bons vinhos e restaurantes e, dependendo do cargo, terão até
motorista particular.

E enfiarão a mão, sem dó, no dinheiro dos cofres do
Estado. Claro que pela nobre causa socialista e para o bem dos
trabalhadores.*

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