quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

"As férias e o centro espírita"

CENTRO ESPÍRITA ENTRA EM FÉRIAS?
Aprendemos que o Centro Espírita é uma escola e também um hospital para os espíritos encarnados e desencarnados.
Mas, escola tira férias e hospital não. 
Qual devemos seguir? 
Conversando com vários espíritas de várias casas espíritas vemos que há muita dúvida sobre o recesso de fim de ano e carnaval das casas espíritas. 
Uns são a favor e outros contra. 
Os argumentos são vários: "o movimento cai nessa época do ano", "precisamos descansar", "o ano foi difícil", "outras localidades também fecham", "os dirigentes e médiuns viajam, não compensa abrir", "cai a vibração da casa, não há substitutos à altura", “não podemos parar, os espíritos não tiram férias”, “hospital não fecha”, etc. 
Aprendemos sobre as vibrações difíceis da época de carnaval e a facilidade dos ataques espirituais sobre os invigilantes. 
Assim como aprendemos que na época de Natal as vibrações são excelentes porque pessoas estão mais abertas ao amor, a caridade, a fraternidade, etc., e consequentemente, há facilidade em receber auxílio espiritual. 
Então, por que não nos unirmos para auxiliar os trabalhadores do Cristo com nossas preces e vibrações na época de carnaval? 
Por que não reforçar os ensinamentos de Jesus na época de Natal? 
Vejamos o que disse Chico Xavier: “Para mim, centro espírita tinha que abrir todo dia, o dia inteiro...
Se é hospital, como dizemos, como é que pode estar de portas fechadas?!...
O centro precisava se organizar para melhor atender os necessitados. 
O que impede que o centro espírita seja mais produtivo é a centralização das tarefas; existe dirigente que não abre mão do comando da instituição...Ora, de fato, a instituição necessita de comando, mas de um comando que se preocupe em criar espaço para que os companheiros trabalhem, sem que ninguém esteja mais preocupados com cargos do que com encargos...”
Diante de tal assunto escrevi para Richard Simonetti e pedi sua opinião. Eis o que ele respondeu: 
“As reuniões públicas, de atendimento fraterno, passes e palestras, não devem sofrer interrupção. 
No CEAC em Bauru, funcionam ininterruptamente. 
Assim como hospitais, núcleos de saúde e serviços de utilidade pública, não param nunca. Colaboradores que viajam são substituídos por companheiros. 
Cursos em andamento são interrompidos na segunda quinzena de dezembro.
Voltam em fevereiro. 
Cursos novos começam em março Biblioteca, Livraria, tesouraria, funcionam sem interrupção.” Como vemos, uma grande parte dos trabalhos devem ser tratados como HOSPITAL, porque pedem um socorro imediato. 
Já o estudo pode ser tratado como ESCOLA, podendo ter uma pausa maior. 
Elias B. Ibraim escreveu para o Jornal “Verdade e Luz” de Ribeirão Preto (Edição abril/98): 
“Todos temos consciência de que dirigentes e médiuns podem viajar, evidentemente. 
Eles fazem jus ao direito de visitar parente, amigos, confraternizar. 
O que eles não tem direito é de fechar o Centro Espírita. 
Nas suas ausências, companheiros e companheiras, preparados, devem substituí-los. 
Pode, inclusive, ser adotado o sistema de rodízio para efeito de faltas, desde que não sejam prejudicadas as atividades do Centro.” 
Jesus disse: “Deus trabalha até hoje e eu também”. 
Portanto, não tiram férias. 
Os espíritos não disseram que Jesus é nosso guia e modelo? 
Então, sigamo-Lo. 
Quando dizemos que Divaldo e Chico nunca tiraram férias do Espiritismo costumamos ouvir: 
“Não estou preparado. Estou longe da evolução deles.” 
Perguntemos: “Quando estaremos preparados?”
“No trabalho remunerado não faltamos e não tiramos além de 30 dias de férias no ano. 
Por que com a parte espiritual somos negligentes?”
Precisamos lembrar que a cobrança será maior pelo que deixamos de fazer, do que pelo que fizemos. E que serão mais cobrados aqueles que mais entendimento tiver. 
Encerro aqui deixando esta reflexão para o ano que se inicia.

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