quinta-feira, 21 de março de 2013

"Em Busca do Equilíbrio"


O ar, ainda que estejamos imersos em seu “oceano”, ainda que respidando-o de instante a instante, despendeu muitos séculos para que permitisse ser descoberto e compreendido.
Hoje sabemos sua massa, sua constituição e como utilizá-lo, fracioná-lo, de acordo com nossos interesses. Mas nem sempre foi assim.
 Talvez os peixes dentro de um oceano tampouco tenham consciência de que existe a água.
Até menos que um século atrás, cerca de 90% da população mundial vivia em pleno campo e dele dependia a própria sobrevivência.
Despertavam com a aurora, cultivavam a terra, conheciam as fases da lua, as estrelas e os ventos.
Os vereditos da natureza, temporais vendavais e secas, regiam a abundância ou a destruição dos povos.
Foi neste cenário natural que o Homem se desenvolve, e no qual a natureza modelou seus ossos, músculos e psique, de acordo com suas necessidades.

A Vida Moderna
Em menos de um século, as circunstancias fizeram com que a máquina humana se tornasse obsoleta frente à vida moderna.
Para que tantas capacidades de movimento se o teclado exige apenas que os dedos se movimentem?
Para que um sismea digestivo tão robusto, capaz de prover tanta energia às células se a maior parte do tempo se passa sentado?
Para que um pulmão tão volumoso se a necessidade de oxigênio é tão pequena?
Já no tocante ao aparelho psíquico, precisamos de mais alguns cérebros, nervos, encéfalos, medulas para suprir a demanda de um aumentos exponencial de eventos e criscunstancias.
Esse nunca estará saudável frente a tantas exigências modernas, e sem uma medicina especial.
Cada evento da vida é composto de uma série de impressões que necessitam ser digeridas pelo nosso aparelho psíquico.
 As fortes impressões despendem dias ou até semanas para que nosso sistema psíquico se recupere: palavras impregnadas de violência, pr essão social e familiar, compromissos…
Depressão, angústias e irritação são alguns dos frutos de uma psique violenta pelo estilo moderno de vida.
Ainda que, por nascer em tal contexto, o indivíduo não perceba claramente tais agressões, em seu íntimo sabe que algo está fora da ordem.
Surge a necessidade de uma mudança radical, que deve ser devidamente canalizada.
Uma mudança de fundo e nao de forma.
Torna-se urgente receber as impressões de cada cena não de uma forma diferente, mas com sentidos de percepção diferentes.

Em Busca do Equilíbrio
Há que recorrer às prática milenares dos distinto troncos culturais, que permitiam ao homem o completo domínio de sua psique e de suas reações, fossem essas emocionais, instintivas, motoras, intelectuais ou sexuais.
Tais técnicas milenares são objeto de estudo da ciência gnóstica.
 Algumas são destinadas aos momentos em que estamos interagindo nos eventos; outras são utilizadas para aqueles eventos que alteram nosso estado de ânimo e deixam resíduos em nossa psique; e outras ainda são aplicadas para aqueles momentos em que nosso corpo dorme no leito.
Para a vida eventual estão técnicas que permitam manejar voluntariamente os estados interiores e combiná-los com os eventos exteriores.
Entenda-se estados interiores por este universo interior que se compõe de sentimentos, pensamentos e impulsos instintivos e sexuais.
Endenda-se eventos exteriores pelo conjunto de fenômenos perceptíveis pelos cinco sentidos.
 Quando sabemos combinar o s estados interiores com os eventos exteriores obtemos harmonia.
Para tratar o resíduo passivo em nossa mente, há as técnicas de higiene psíquica, intimamente relacionadas à meditação, inspiração e contemplação.
Se no passado essas técnicas se dirigiam a uma seleta elite destinada a experimentar o inóspito, hoje é vital para o equilíbrio do indivíduo, submetido a sistemas completamente desequilibrados e dissociados da natureza para qual foi concebido.
Adaptação do Artigo da revista Gnosis – Edição 04

Nenhum comentário:

Postar um comentário