Fisicamente falando, “fluido é uma substância que se deforma continuamente quando
submetida a uma tensão, não importando quão pequena ela seja e possui a propriedade de
não resistir à deformação, pela capacidade de tomar a forma de seus recipientes, como
exemplo, os líquidos e gases.”
E quanto às questões espirituais dos fluidos?
Diria que essas são ainda mais complexas,
uma vez que dependem de um conhecimento científico associado ao conhecimento do
Espiritismo para “tentar” explicar assuntos como fluido cósmico universal, fluidos
mediúnicos, perispírito e outros.
Há que se definir precisamente cada termo acoplado à
palavra fluido, pois o mau uso dos termos pode levar a distorções no entendimento.
Abordaremos aqui alguns aspectos que tangem questões relacionadas ao fluido cósmico
universal, fluidos mediúnicos, perispírito e a manipulação desses pelos espíritos
desencarnados.
Podemos definir como fluido cósmico universal a matéria elementar primitiva, cujas
modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza.
O fluido universal contém o princípio da vida, é o agente principal das manifestações,
agente que recebe impulsão do espírito, seja encarnado, seja errante.
Define Espírito André Luiz, no livro ‘Evolução em Dois Mundos’, que “o fluido cósmico ou
plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da natureza”, motivo
pelo qual já se afirmou,
e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos” (Paulo de Tarso, Atos,
17:28). Esse é o aspecto divino de fluido.
Quanto ao perispírito, encontra-se a seguinte definição n’O Livro dos Médiuns – item 75:
“De forma condensada, o fluido universal constitui o perispírito ou invólucro semimaterial
do Espírito”.
O que ainda nos remete aos fluidos mediúnicos de acordo com a definição de
fluido expansível: é o fluido espiritual emitido pela parte expansível do perispírito, isto é,
aquela que sob seu domínio e pensamento pode se combinar com o fluido animalizado de
um médium.
De acordo com o mundo em que se encontram, os fluidos podem ter maior ou menor
densidade; da mesma maneira, a natureza do envoltório fluídico está sempre em relação
com o grau de adiantamento moral do Espírito (A Gênese; 14:7).
Portanto, quanto mais
evoluído um espírito menor sua densidade fluídica.
Para um melhor entendimento, podemos fazer uma analogia em nosso próprio planeta
Terra, simplesmente entre espíritos encarnados e desencarnados.
Por que não vemos, nem
podemos sentir o contato de espíritos desencarnados que estão por toda parte, se não
formos médiuns?
Exatamente porque encarnados, ainda temos um fluido muito denso,
animalizado, que é uma barreira material para todos nossos sentidos (visão, audição, tato,
olfato).
E mesmo para o médium, que possui uma condição orgânica inata apropriada para
essa percepção (relacionada à glândula pineal), se não estiver devidamente sintonizado em
local apropriado, a percepção pode ser mínima.
Entretanto, em nosso orbe terrestre se encontram muitos espíritos de fluidos muito densos
e esses podem por sua vontade e manipulação dos fluidos provocar fenômenos físicos
(batidas, passos, movimentação de objetos, aparições, etc) tão reais como se ainda
estivessem encarnados, pois esses fluidos têm para os espíritos, que também são fluídicos,
uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para
eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre, criando grandes desconfortos,
medo e muitos outros problemas aos encarnados.
Assim, a recomendação de Jesus “vigiai e orai” deve ser o lema de nossa existência, assim
como o cultivo de boas ações e pensamentos, para que os espíritos citados acima não
encontrem sintonia para aportar em nosso lar e tão pouco, em nossas mentes.
A elevação
moral é a nossa grande defesa e também um canal de sintonia para a presença de espíritos
superiores em nossas vidas.
Portanto, não podemos nunca nos descuidar de nossa sintonia
psico fluídica.
Publicado por C.E. Seareiros de Jesus
POR MARIANA MIANO
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