quinta-feira, 9 de maio de 2013

"O melhor da morte"


Antes da pessoa morrer dá uma melhorada.
É uma "ilusão de ótica". 
Melhor é uma falsa percepção estatística que criamos e que se deve ao fato de que as ocorrências ordinárias passam despercebidas mas as ocorrências extraordinárias são destacadas.
Geralmente quando algum enfermo está em situação agonizante, há uma tendência das pessoas que estão à volta do moribundo em não se conformar com a situação e soltar lamentos...
Quando a família não aceita a desencarnação, mergulhando no desespero, suas vibrações desajustadas promovem uma sustentação artificial do moribundo, que não evita a morte, mas prolonga a agonia.
Curiosamente, ninguém pensa no moribundo, “Mesmo os que aceitam a vida além-túmulo multiplicam-se em vigílias e orações, recusando admitir a separação. 
Esse comportamento ultrapassa os limites da afetividade, desembocando no velho egoísmo humano, algo parecido com o presidiário que se recusa a aceitar a idéia de que seu companheiro de prisão vai ser libertado. 
O exacerbamento da mágoa, em gestos de inconformação e desespero, gera fios fluídicos que tecem uma espécie de teia de retenção, a promover a sustentação artificial da vida física. 
Semelhantes vibrações não evitarão a morte. 
Apenas a retardarão, submetendo o desencarnante a uma carga maior de sofrimentos”
Os benfeitores espirituais promovem, então, com recursos magnéticos, uma melhora artificial, "a melhora da morte".
O paciente parece entrar num quadro de recuperação. 
Os familiares, mais tranqüilos, afastam-se, julgando que o pior passou. 
Exaustos, mas aliviados, os ‘retentores’ (no caso os familiares chorosos) vão repousar, proclamando: ‘Graças a Deus! O Senhor ouviu nossas preces!’”. 
E a pessoa, que há pouco era moribunda, começa a ficar quase “saltitante”, surpreendendo a todos, inclusive os médicos (aliás, os médicos mais experientes conhecem esse fenômeno e por isso grande parte deles é seguidora ou simpatizante da doutrina espírita).
Quando há essa melhoria repentina de uma pessoa agonizante, os parentes e amigos passam a viver instantes de euforia, mas, logo depois, se deparam com a realidade: a morte do ente querido.
Aproveitando a trégua na vigília de retenção, os benfeitores espirituais aceleram o processo desencarnatório e iniciam o desligamento.
Geralmente, tal providência é desenvolvida na madrugada.  
A morte vem colher mais um passageiro para o além.
Raros os que consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante transição.
Por isso é freqüente a utilização desse recurso da espiritualidade, afastando aqueles que, além de não ajudar, atrapalham”.
Afrouxa-se a sustentação fluídica retentora e inicia-se o irreversível processo desencarnatório. 
A sabedoria popular proclama: - “Foi a melhora da morte”. 
Na verdade, trata-se apenas de um recurso da espiritualidade para afastar familiares que atrapalham a desencarnação.

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