quarta-feira, 27 de maio de 2015

"Avareza e Magnanimidade"

Era uma vez um médium que trabalhava num certo centro espírita, dentre muitas sessões,depois de muitos anos trabalhando afinco,numa noite comum,recebeu uma mensagem psicografada,onde dizia que sua filha,de apenas 6 anos de idade iria desencarnar.
Ele não acreditou na mensagem achando que era animismo do "irmão" da casa e não deu a importância devida.Passando alguns meses,a criança começou a adoecer e ficar muito doente.Uma nova mensagem chegou pedindo para que ele se preparasse "devidamente". Agora,acreditando,pois não foi o mesmo médium quem dera a notícia e sim outro e que também,o estado de saúde da menina começava a piorar;mas inconformado,começou a orar,intervindo na mensagem. Em suas orações ele pedia para que não fosse verdade,que não levassem a única filha que ele tanto ama e que pudesse "mudar o rumo" deste acontecimento. Mais mensagens continuavam a chegar pedindo para que ele não intervisse negativamente e que se preparasse,mas ele continuava a orar,pedindo para que sua adorada filhinha não morresse. Pedia todos os dias e horas,sem cessar a todas entidades e santos e as respostas eram sempre as mesmas.
Ele orava cada vez mais fervoroso. Numa dessas rezas, pediu a mãe Maria,mãe de Jesus, que ela intervisse e realizasse um milagre.
Passado algum tempo,do nada,houve uma melhora da menina e ela ficou curada. Milagre? As orações dele foram atendidas?
Passados alguns anos,a sua filha agora,já adolescente,com 16 anos de idade,se apaixonou desesperadamente por um amor que não foi correspondido e suicidou.

Avareza,temos aí,homens fracos,ruídos pelo ego humano,desprovidos de magnanimidade pela covardia,porque sonha com as maiores ilusões da vida terrena e não pode conviver sem se avarentar.
Duvidas, o idiota, do mundo espiritual,da verdadeira felicidade e se corrói no mundo material e se atraiçoa a si próprio,se enchendo cada vez mais de dúvidas,de sofrimentos e de bens materiais.
Outrora,os homens eram "livres",magnânimos,nobres de alma e puros de coração. Amava a Deus sobre todas as coisas, hoje,do sentimento da magnanimidade à avareza ,beberam do seu próprio veneno,se transformaram em corruptos pela devassidão e desrespeito a si mesmo,viciosos,traiçoeiros,ébrios de poder,crués,monstros insanos,apegados a quilo,a isso,a que e a quem.
Avarentar-se para que? A quem? Se tudo é transitório, se tudo é passageiro...
A vida moderna é bem diferente daquela que tínhamos há algumas décadas. Hoje, nas grandes cidades, o homem é obrigado a desdobrar-se para poder cumprir com suas obrigações materiais e sobreviver. Embora haja grande progresso tecnológico por toda parte, a moral parece regredir,estando atrasados espiritualmente.
O consumismo e a falta de perspectiva para o futuro são causadores de muitos males psicológicos.
São, pois, quase obrigados a viver da matéria e para ela.
Não ajunteis tesouros na terra, dizia o Mestre, pois nela as traças consomem, a ferrugem destrói e os ladrões roubam. Os bens terrenos são transitórios. Ajuntai bens celestiais, continua o Rabi.
Mais a frente frisava:"NÃO SE PODE SERVIR À DEUS E A MAMON",(ou ao dinheiro), porque amarás a um e odiarás o outro".
As riquezas espirituais, essas sim, são eternas. E o que são essas riquezas? São as virtudes, o bem que se faz, a amizade que se tem, a sabedoria que se pode adquirir e o serviço que se presta ao próximo. Nós só levamos daqui este tipo de riqueza. E, onde estivermos, certamente elas estarão conosco
A avareza é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas ela deixa.
A avareza  é o mesmo que querer segurar o vento, o ar... somente com a magnanimidade é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.
Avarentos são "pecadores acumulativos" que se deixam afetar pelas suas emoções.
Devemos nos livrar do "pecado" da avareza,pois não foi isso que "Ele" nos ensinou.
A caso,o "crime" da avareza justifica outro "crime"?
Devemos ainda sermos desonestos porque a vida é dura?
O sofrimento da avareza se inicia aqui, quando acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante...
Claro que a prosperidade é um direito do ser, é bom estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse... alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2015... nós aprendemos na Luz e na sombra...
E o que dizermos da avareza emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido,pois justifica alguém matar por amor? Mata porque se acha dono,proprietário da pessoa e isto não é amor é sentimento de posse.
Temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância;e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.
Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...
Uma entidade negativa,que "trabalha no escuro",quando encontra uma aura clara não consegue realizar seu trabalho.
Devemos sim viver os prazeres da terra, com munificência da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...
Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços kármicos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor!
Mas temos que compreender que para atingirmos a liberalidade ao Amor Maior,não temos que vivenciar a avareza e ao amor terreno. Isto,são os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria...
Nós confundimos avareza profunda com magnanimidade e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o magnanimidade para percebermos o quanto estávamos apegados.
Avareza? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é magnanimidade, é querer a felicidade e o bem estar do outro do que o de si mesmo até.
Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é uma avareza tão forte, tão enraizada, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós?
O que aparenta prodigalidade,é um profundo sentimento de avareza; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro. A Magnanimidade  nos liberta. A avareza nos aprisiona.
Exercitemos a magnanimidade das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona. Libertemo-nos! Sejamos livres na magnanimidade!
Bem,mas na altura dos acontecimentos,será que isso vai importar na verdade a alguém?
Acho que é preciso muita honestidade de cada um para deixar bem claro o que pretende com a solução dos seus problemas,deve na realidade saber o que ambiciona.
Algumas pessoas – poucas, muito poucas – têm missões para as quais trazem, em sua bagagem milenar, as características necessárias. Pessoas com grande capacidade de liderança e ideais determinados, destinados a oferecer benefícios à coletividade. Outros, embora talvez não tenham como meta serem úteis aos outros, exercem de tal forma construtiva e ética a sua carreira, função ou profissão, que adquirem confiança em si mesmos, aprimoram suas qualidades e acabam se tornando pessoas melhores, espalhando sua magnanimidade no seu círculo de convívio.
Esta é a mentalidade deste Radiestesista,mas procurem compreender que os bens do mundo não são recursos para a elevação do espírito, que têm o dever de dividir o que tem com os necessitados, a fim de multiplicar em si os bens imperecíveis.
O saber do homem é bem limitado e não abarca, por isso, todas as dimensões da vida, razão pela qual o devemos operar contrariamente à nossa vontade e dedicar-se à de Deus.
Desejo que todos os seus bens,aquele que trazes no espírito,cheguem a todos indistintamente, na medida em que cada um possa recebê-los. Eis porque há fiéis administradores e os que açambarcam os recursos egoisticamente.
A bem da verdade,a função da Radiestesia,não é "adivinhar o futuro",mas sim,é beber na fonte do auto-conhecimento e que deve ser servida ao próximo com este propósito para edificar.
Devemos ainda buscar nesta fonte do auto-conhecimento,confiança. A espera necessária para alcançar aquilo que buscamos um objeto de investigação epistemológica que é a finalidade de uma busca de natureza ética.
O nosso futuro é moldado pelo seguinte: nosso passado, nosso presente e por influências externas.
Talvez eu não seja a pessoa ideal para recondicionar este tema,eu como Radiestesista,tenho aversão ao dinheiro e vivo na simplicidade do desapego,tenho uma outra visão sobre a riqueza,não repúdio, claro,nem com os que se importam com isso mas,passa a ser,ao meu ver, uma imensa responsabilidade, de ordem material e moral favorecer tal filosofia de vida.

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