"...A única moeda que Jesus aceita como câmbio é o amor ao próximo."
Os falsos profetas
modernos
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I-
Descompromisso Moral II- Deus cambista III- Fé Cega I- Os Vendilhões do Templo "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Porém, vós a tendes transformado em covil de ladrões" (Mateus, XXI; 12 e 13). |
II- "Desafio" a
Deus "Ai de vós, condutores de cegos, pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, ou pela oferta, este faz certo. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, o ouro, ou o templo de Deus?" (Mateus, XXIII; 16). III- "Hipócritas! Devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo" (Mateus, XXIII; 1 a 22) |
"Deus não vende os benefícios que concede...não subordina a uma soma de dinheiro um ato de clemência, de bondade, de justiça de sua misericórdia. Se achamos imoral pagarmos para termos a proteção de um poderoso da Terra, seria correto pagarmos pela ajuda do Criador do Universo?" ( Allan Kardec, E.S.E., XXVI; 4). |
Embora citem a necessidade de se fazer o bem, isso nada mais é do que um aparato para enfeitar o verdadeiro objetivo: a doação financeira.
É aí que o palestrante fala do "Deus cambista", ou seja: os falsos profetas insinuam que Deus faz trocas, onde quem der mais dinheiro, será mais atendido.
Fale que a Doutrina Espírita mostra racionalmente o contrário.
Que não há em lugar algum dos Evangelhos de Jesus a troca com Deus.
Muito pelo contrário, o Mestre deixa claro que "nós mesmos" devemos levar nossas cruzes, ganhar "o pão" com o suor de nosso rosto, e que só ganhará o Reino de Deus (que é a paz de espírito) aquele que fizer ao próximo o que deseja a si mesmo.
Demonstre que o que guia os seguidores destes fariseus modernos é a "Fé cega", incutida neles com discursos inflamados, demonstrações de pseudo-exorcismos, onde o que na verdade se vê é manifestação de obcessores que se comprazem com aquele espetáculo.
As pessoas crêem porque mandaram crer, e não porque compreendem os acontecimentos ou as ordens que lhes são dadas.
Novamente, é a esperteza explorando a credulidade ingênua.
Cite, então, algumas passagens do Evangelho, comentando-as e traçando um paralelo com o que vem ocorrendo na sociedade:
I- Os Vendilhões do Templo
"Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Porém, vós a tendes transformado em covil de ladrões" (Mateus, XXI; 12 e 13).Mostre ao público a insensatez que se vê, com alguns exemplos: venda de potes com água que seria do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado, como se a água fosse abençoada; de pedras que seriam do Templo onde Jesus pregava; de areia que seria de Jerusalém, onde o Mestre caminhava. Demonstre o absurdo destes amuletos, lembrando que a Doutrina Espírita e Jesus afirmam que o único meio de afastar as más influências de nossa vida ou termos paz é melhorarmos nossa conduta. Nada material poderá ter alguma influência sobre o espiritual.
II- "Desafio" a Deus
"Ai de vós, condutores de cegos, pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, ou pela oferta, este faz certo. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, o ouro, ou o templo de Deus?" (Mateus, XXIII; 16).Nesta outra passagem, compare-a às imagens que todos vimos pela TV, onde pastores, em cultos realizados nos estádios do Maracanã e do Morumbi carregavam sacos de dinheiro doado pelos fiéis, iludidos que o juramento, o testemunho embasado na oferta teria mais validade para o Pai.
E mais, comente o que se vê nos cultos televisivos, onde os pastores conclamam seus seguidores a "desafiar a Deus". Citam o Velho Testamento, das Escrituras, onde Josué, um dos líderes do povo Hebreu, desafiou a Deus para conseguir seus intentos.
Para os falsos profetas da modernidade, desafiar a Deus é dar uma quantia em dinheiro, desde que Deus lhe dê em dobro. Ou seja: ludibriam ao fiel, afirmando-lhe que se ele der seus bens, Deus tem a obrigação de lhe retribuir em dobro.
Fale ao público que o Pai não tem obrigação nenhuma para conosco. Ele criou as Leis da vida, e cabe a nós respeitá-las para termos uma vida próspera e com paz. Deus escuta nossos pedidos, mas Jesus alerta que temos que merecer a ajuda do Alto. E dar dinheiro à igreja ou ao templo não nos isenta de nossas responsabilidade morais, de melhoria íntima e para com o próximo.
III- "Hipócritas! Devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo"
(Mateus, XXIII; 1 a 22)
Encerre as passagens da vida de Jesus mostrando que o Mestre alerta que quando estas atitudes de enganação são feitas por pessoas que têm conhecimento das coisas de Deus, seus julgamentos serão piores. Quando o homem tem a oportunidade de conhecer o Evangelho, e ao invés de fazer bom uso deste entendimento em benefício do próximo apenas tira proveito para si próprio, esse com certeza sofrerá as conseqüências.
Lembre o próprio Jesus, que diz: "Se alguém enganar um desses pequeninos (pessoas que não tem conhecimento), melhor seria que se amarrasse um pedra no pescoço e se atirasse no fundo do mar". Daí, dá para se ter uma idéia da responsabilidade de quem fala em nome de Deus.
Deixe o público refletir um pouco, e então passe para o encerramento, lendo a passagem de Allan Kardec:
"Deus não vende os benefícios que concede...não subordina a uma soma de dinheiro um ato de clemência, de bondade, de justiça de sua misericórdia. Se achamos imoral pagarmos para termos a proteção de um poderoso da Terra, seria correto pagarmos pela ajuda do Criador do Universo?"
( Allan Kardec, E.S.E., XXVI; 4).
Diga que apesar de tudo o que foi dito, não se está generalizando, dizendo que todos os que pedem dinheiro para a igreja ou templo são falsos profetas. Que o dinheiro é necessário para a manutenção das obras, para a divulgação doutrinária e até para o pagamento de funcionários que cuidam de partes que exigem profissionalização. Isso acontece também nos centros espíritas.
O que comentou-se na palestra foi o erro de se associar à salvação, libertação, paz do homem o quanto de dinheiro ele doar, e conseqüentemente, o mal uso que muitos pastores, padres e dirigentes espíritas podem dar a estas doações.
Que ao espírita cabe julgar tudo com o bom senso deixado por Allan Kardec, como demonstra a passagem final.
E entender que a Casa de Oração, seja de qual religião que for, não é um local onde trocamos benefícios com Deus, mas sim um meio de nos conscientizarmos de nossos erros e buscar uma melhoria em nossa conduta.
Pois a única moeda que o Pai aceita como câmbio é o amor ao próximo.
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