sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

"Amma Luz"

"Normalmente lembramos de Deus somente quanto estamos sofrendo. Vamos rezar e lembrar de Deus como parte da nossa vida diária”. 
Amma, a guru indiana que já abraçou mais de 20 milhões de pessoas. Seu segredo está em uma só palavra: amor. 
Mata Amritanandamayi ­ ou Amma, como é conhecida ­ tem um hábito muito especial. O de abraçar. Pode parecer banal, mas não é. O abraço de Amma aconchega, pacifica, acalma. Para alguns, ele chega a abençoar, uma vez que Amma (mãe, em sânscrito) é vista por milhões de pessoas como uma verdadeira santa na Terra, a encarnação do amor. Pois é como uma verdadeira mãe de todos que esta indiana de 54 anos se sente. Reconhecida pelas Nações Unidas por seu trabalho humanitário e por promover a paz no mundo, Amma é uma altruísta incansável. Chega a ficar mais de 20 horas sem se levantar somente distribuindo seus famosos abraços. Enquanto houver uma pessoa esperando, Amma continua ali, disponível, a quem quer que seja. Mantém ainda a Fundação Mata Amritanandamayi Math, na Índia, uma imensa rede que promove atendimento gratuito com hospitais, clínicas, orfanatos, farmácias ambulantes, asilos, creches, entre outros serviços e programas de combate à pobreza. 
Segundo a ONU, a fundação é a “única organização não-governamental capaz de promover, em larga escala, um esforço humanitário completo”.
A vida de Amma é permeada por histórias fantásticas ­ e não se sabe até que ponto é verdade, ou se faz parte do imaginário público. Diz-se, por exemplo, que ela só come restos de comida em nome da solidariedade aos que passam fome. Nascida em uma pequena aldeia de Kerala, no sul da Índia, Amma já expressava sua vocação pelos que sofrem desde criança. Costumava levar pessoas necessitadas à casa de seus pais, onde lhes dava banho quente, roupas, comida, além de rezar por elas e ouvir seus lamentos. Ainda criança, também começou a meditar intensamente, passando dias e noites ao relento, sem comer e dormir. “Todas as sadhanas [práticas espirituais] são métodos para diminuir os pensamentos e aumentar paz e assim, lentamente, o homem pode se transformar em Deus. Não só fará a pessoa desfrutar da paz consigo mesmo, mas dará paz aos outros a sua volta também”, diz. Embora pratique o hinduísmo, Amma não pretende converter ninguém ­ ela quer é que cada um encontre a verdadeira fé naquilo que já acredita, até mesmo os ateus.
O amor incondicional, ou agapé (ágape, em português), já era identificado pelos antigos gregos, que o distinguiam da philia, a amizade, e de eros, o amor carnal. “É o amor que transcende os dois primeiros porque na amizade se amam os ‘meus’ amigos e, no amor carnal, o ‘meu objeto de desejo’”, diz o pensador francês André Comte-Sponville no livro Pequeno Tratado das Grandes Virtudes (ed. Martins Fontes). 
Na amizade e no amor mais erótico, o sentimento nos inclui em primeiro lugar. Mas o amor incondicional é intransitivo: ama-se e pronto, a tudo e a todos com seus limites, defeitos e idiossincrasias. Como diz Sponville, é o amor que Deus tem por nós e que nasce no coração quando Deus ali está presente, quer chamemos pelo seu nome ou não. “É um amor espontâneo e gratuito, sem motivo, sem interesse, até mesmo sem justificação”, afirma o pensador Anders Nygren. Ágape é um amor criador. O amor divino toma como objeto o que não tem nenhum valor em si e lhe dá um valor. Agapé nada tem em comum com o amor que se fundamenta na constatação do valor do outro (como faz o amor erótico e como faz a amizade, quase sempre). O amor incondicional é, portanto, um princípio criador de valor. É o único amor capaz de abranger esta frase de Cristo: “Ama teus inimigos” porque os inimigos são sempre destituídos de valor. 
Há um amor que se parece com uma fome, o de eros. Outro que se nutre da alegria, o de philia. Mas há um amor, o de ágape, que se assemelha a um sorriso. Ou, quem sabe, a um abraço
Ao nascer, recebeu o nome de Sudhamani e já durante a sua infância era muitas vezes vista em um estado de profunda meditação.
Grande devota de Krishna, aos cinco anos já compunha pequenos cantos devocionais espontaneamente. Quando completou nove anos, sua mãe adoeceu e ela se ofereceu para cuidar da casa e dos 7 irmãos. Deixou a escola, apesar de ser muito aplicada e possuir memória fotográfica conforme suas professoras relataram. Oferecia ao Senhor cada instante de sua longa jornada de trabalho. Contudo, os membros da sua família não entendiam seu processo de interiorização e por isso a castigavam. Ao terminar sua lida doméstica, já a noite, Sudhamani ia meditar, cantar ou rezar. Via muita dor e sofrimento na pobreza de sua aldeia. A crueldade e o egoísmo do mundo só aumentava sua devoção a Deus. Seu objetivo então, ao buscar a Divindade, passou a ser consolar a dor e o sofrimento de todos os seres. Começou então a doar alimentos de sua própria casa e comprar remédios para os vizinhos pobres, muitas vezes pagando o preço dos castigos por doar tanto.
Aos 22 anos, Amma (ou mãe, nome que emprega desde então) passou a difundir sua mensagem espiritual e inúmeras pessoas a procurá-la para receber suas bênçãos. Alguns jovens aspirantes espirituais a Ela se juntaram como discípulos e criaram uma pequena congregação religiosa (ashram) que depois cresceu continuamente. Mais tarde, construiu-se um templo dedicado à Deusa Kali no Ashram. A partir de 1987, começou a ser internacionalmente conhecida com o início de suas peregrinações ao exterior. A "Mãe" é reverenciada por milhões de pessoas no mundo inteiro pela sua altura espiritual, humildade e dimensão da obra social.
En 1993, Amma foi designada uma das três representantes da fé hinduísta no parlamento das religiões do mundo, em Chicago. Em agosto de 2000, foi convidada pela segunda vez para ir à ONU para participar na Conferência Mundial pela Paz. Já em outubro de 2002, a ONU concedeu-lhe o prêmio à não-violência "King - Gandhi", e em julho de 2004 discursou no Parlamento das Religiões do Mundo no Fórum de Barcelona.
Amma obteve ainda mais projeção em 2004, pelo fato do Ashram ter sido o maior doador privado na tragédia da tsunami e que afligiu boa parte do sul da Índia. Doou 23 milhões de dólares. Poucos anos depois doou também um milhão para o Fundo das Vítimas do Furacão Katrina.  No final de 2013 dou 2 milhões de dólares para as vítimas do super tufão Haiyan nas Filipinas.
Templo Amma  em Araruama – Rio de Janeiro - 28970-000 
Caixa Postal 109419
Responsável: Aradhana. Tel: (22) 2665-2064 ou temploamrita@ammabrasil.org
É possível pernoitar em Araruama.
Centro Amma-RJ:
Endereço: Rua Ataulfo de Paiva, 706 / 501 - Leblon. 
(Entre as Ruas Bartolomeu Mitre e João Lira)

Para mais informações escreva para: amma-rj@ammabrasil.org
ou 
ligue para o Centro Amma Rio: (21) 4042-6987 de 2ª feira a sábado de 8h às 17h.


                                http://www.ammabrasil.org/imprensa/index.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário