segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

"A Sociedade do espetáculo ou o processo de bestialização?"


O modo como à sociedade vive hoje é determinado pelo modo como o capital reproduz-se,em seu estágio de desenvolvimento. As contradições sociais emergem em toda a sua plenitude;os contraste de desigualdade de renda afloram!!!
Para uma vida que parece ser e nada é,muitos não podem acompanhar algo; não é apenas não ter mas,sobretudo,ser impedido de ter,o que aponta muito mais para a questão do consumismo bestializado de "ter" do que não pode "ser" .
O processo no qual a sociedade constrói um Universo de "alegrias fáceis" ou falsas, espelha-se numa ideia comercial de pertencimento, de dependência, de consumismo, de mais conexões “virtuais” que “reais”.
É uma representação de vida sendo imposta por uma força normatizadora que grita em Marketing o que você deve ser,ou ter ou fazer: "seja elegante","seja magro","compre isso","faça aquilo","não se preocupe com heterossexualidade", "beba isso","tome naquilo" … Entre na moda! Seja aceito!
O termo “bestializado”,é empregado como uma alusão ao povo que não reage à violenta promoção de imagens que ditam regras para o seu cotidiano.
Temos uma tecnologia na mão onde,por exemplo o WhatsApp vai encerrar suporte para "celulares antigos"
É preferível TROCAR DE APLICATIVO EM VEZ DE APARELHO! Não?
Num país de consumo desenfreado,onde se gasta o que não tem e comprar sem precisar, é o perigo que as pessoas estão sujeitas no mundo moderno!
Depois que todos estão viciados e mal habituados,porém já fisgados nesse sistema, eles cobram o que querem e fazem o que querem e bem entenderem... e quanto a liberdade? As opções?
A segurança?
O problema é que muita gente coloca suas vidas dentro de um "tudo" de uma empresa, tudo único...,documentos, moedas, sistemas, empresas, etc...
Tratando-se de uma operação conjunta para vender Smartphones, uma vez que a crise no Brasil está braba e não se vende nada,nem a mãe,o único jeito é forçar a barra do sistema consumismo,aquele onde sempre se preocuparam mais com os lucros do que com a satisfação.
O absurdo é abandonar um sistema como o BlackBerry 10 que mal começou a engatinhar e em menos de 3 anos ser considerado obsoleto para o Facebook e Whatsapp, mostra muito bem quais as verdadeiras intenções deles!

No entanto, o mundo mudou: outras plataformas dominam o mercado e o aplicativo afirmou que vai retirar o suporte a celulares mais antigos. Que coisa! Vou ficar sem dormir!
A medida afetará ou já está afetando as plataformas BlackBerry (inclusive o BlackBerry 10, que é atual), Nokia S40, Symbian S60, Android 2.1 ou 2.2 e Windows Phone 7.1.
A empresa recomenda que quem tiver um Smartphone com algum desses sistemas operacionais troque seu dispositivo por um iPhone, Android ou Windows Phone até o final do ano.
No comunicado aos usuários, o WhatsApp se diz "triste em ter tomado essa decisão porque essas plataformas fazem parte da trilha do sucesso do aplicativo", que já tem mais de um bilhão de usuários.
Vejam como a mudança será importante somente para o WhatsApp,do que para o usuário.
A matemática é simples,se os usuários do Android, iOS e Windows Phone somam, juntos, 99,5% de todos os Smartphones no mundo, não faz sentido aceitarmos essa medida,pois quem manda é o consumidor.
Não devemos entregar de vez a imbecilidade nas mãos dos gananciosos que se dividem apenas 0,5% do mercado.
Como resposta,devemos continuarmos com aplicativo mesmo "descontinuado",forçando a barra para reaverem a antiga plataforma e manter inteirado nos "antigos Smartphones".
O fim do suporte não necessariamente significa que ele vai deixar de funcionar, mas sim parar de receber novos recursos.
Antigamente,um aparelho eletroeletrôncio durava 10,20 anos e era mais barato consertar do que comprar outro. Hoje é ao contrário, porque já fabricam na forma de descartáveis, viabilizando o lucro imediato...(Esperar pra que?)
Que "eles" forcem a barra de um lado e nós,a do outro.
Não estou aqui para incitar a negação a momentos de diversão, pelo contrário, são essenciais. Porém, que haja coerência, pois, a "sociedade do espetáculo" tem prioridades: nenhuma delas é a educação e nenhuma delas é você ou seu bem-estar.
Parece mais uma vida em ser, e nada é,porque nós, “bestializados”, devemos reagir!
Adaptação do texto de Christoval Araujo, professor de história, mestrando do PPGFPPI – UPE / Petrolina.

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