Se eu soubesse que tinha de estudar,acordar cedo para trabalhar e casar,eu daria a vez para o outro espermatosoides...
Lemos em velhos livros: "Honrarás a teu pai e a tua mãe.." Isto quer dizer que na velhice dos pais,deveremos ampara-los. Mas na verdade,quando crescemos descobrimos o sexo e logo pensamos o que os nossos pais fizeram,daí se vem o respeito,o respeitar.
Não é muito difícil acontecer de pais estuprarem suas próprias filhas. Mas o que pensar disso?
O trabalho com a parte social, famílias carentes, por este mundo de Deus,e sempre me deparo em casos assim. Esses casos refletidos à luz da análise pessoal trouxeram o conhecimento de que muitas dessas jovens violentadas pelos próprios pais foram as amantes de ontem. Mulheres que não se fizeram respeitar e que exerceram fascínio sobre os homens provocando-os.
Como são montadas as famílias na Terra? Pelo perdão a ser dado, ou pela renovação?
As famílias são montadas na Terra, mediante um planejamento reencarnatório e esse planejamento obedece a justiça divina. Essa justiça irá atuar de acordo com a evolução de cada um.
O objetivo, na formação de um grupo familiar, é o reajuste, visando o crescimento interior de todos.
Dizem que os maiores karmas a serem cumpridos são os de dentro da família. Isso sendo verdade, como fazer para tentar nos corrigir e resgatar esse tipo de karma?
Primeiramente, é muito importante entender o que seja "karma". Karma nem sempre é dor e sim ação. A realização do ser eterno,através de milênios é o que se chama "karma". O que ocorre é que no núcleo familiar a espiritualidade planeja reajustes. É fácil, fora de casa, nos afastarmos das pessoas. O mesmo não ocorre com os familiares e consangüíneos. É importante observar que no núcleo familiar, sempre existe alguém que vem para o apoio e crescimento da família. Pelos anos de luta e convivência com famílias, observamos que nem sempre nos colocamos com boa vontade e força de vontade para equilibrarmos e preservarmos a família.
Por que existem pessoas tão boas com filhos muito perversos? Como fica, então, a Lei de Atração de igual espécie nesses casos?
O conhecimento da reencarnação nos orienta quanto as conseqüências dos nossos atos e aí relembramos as palavras do Cristo: "Cada um colhe aquilo que semeia".
A mãe amorosa de hoje nem sempre o foi ontem. Não existindo acaso na Lei, os reencontros obedecem a critérios sábios.
Como identificar uma missão dentro da família então?
Cada família reflete uma realidade e realmente é necessário uma reflexão para agirmos corretamente. Vamos relembrar Sócrates, quando ele diz que antes de qualquer decisão ele buscava inspiração no Criador. O que nós precisamos é um trabalho constante conosco mesmo, independente de sermos mães ou pais. O ser humano precisa ser trabalhado. A jovem educada será uma mãe consciente; o jovem honesto saberá agir adequadamente em todas as circunstâncias.
Diante de um Lar em que um casal, com filhos e bem estabelecidos, mas distantes em todos os sentidos, neste caso, seria lícito perante a Lei de Deus a separação?
É sempre importante questionar se já realizamos todos os esforços que estejam ao nosso alcance para evitar a separação.
Como seria reparado o erro de uma esposa traída? Seria kármico?
É sempre importante refletirmos com base na Lei. Não existindo acaso na vida, as traições têm as suas raízes. Casais que não se unem à luz da fé para o seu crescimento interior e sob uma falta de respeito muito grande provocam dores. Muitas das infelicidades que presenciamos hoje têm as suas raízes aqui mesmo.
A esposa ideal é aquela que busca o seu aprimoramento como filha de Deus e vice-versa.
O que será que entendemos quando falamos em "destino" ?
Um casal se forma mediante um planejamento reencarnatório. Nenhum de nós está jogado na vida. Há muito mais amor e proteção do que entende o homem.
Pode fazer efeito em uma família e destruí-la toda, com vícios, brigas até o final?
Um um trabalho de feitiçaria tendo como o agente um espírito obsessor pode acessar uma família e existem inúmeros casos assim. Se a família não estiver alicerçada na moral e no esforço de boa conduta, esse obsessor pode influenciar dolorosamente.
Por que hoje as pessoas estão cada vez mais distantes da família e as famílias cada vez mais separadas e desestruturadas, já que estamos evoluindo e não retrocedendo? Antigamente, aparentemente existia mais união. Como verificar nos casos mais recentes de desestruturação familiar evolução?
Não se sabe se realmente existia mais união no passado. Na verdade, as coisas não eram claras como são hoje. Nós não estamos retrocedendo. Pode ocorrer que mediante um planejamento reencarnatório que exija mais esforço e dedicação, não desenvolvamos boa vontade para atingirmos objetivos traçados. Quem se une não se separa. Se chegamos à amizade, jamais retornaremos à inimizade. Se sabe que através de estudos, pesquisas e vivências que esses mesmos separados no grupo familiar, já são indiferentes de ontem. Cabe-nos um trabalho sincero para auxiliarmos, de alguma maneira, a esses mesmos que não entenderam ainda o valor de compartilhar, de ser útil de dar e receber, crescendo juntos.
Tentamos ser bons, mas por que a dor nos atinge ainda tão profundamente ante a possibilidade do desencarne de um ente querido, uma mãe, nome abençoado! Quando estaremos preparados para tal dor?
Na lei da vida, desencarnar é mais vida e não dor. A idéia que temos de dor, na verdade, é apego, solidão, medo. Quando nos colocamos receptivos à doutrina dos Espíritos nesse movimento amplo que ela permite, descobrimos que não existe separação na Lei e que é possível continuarmos juntos rumo à eterna evolução. A semi-liberdade do sono permite encontros, reencontros e esse prosseguir vitorioso do amor em nossos corações. Ocorre com os mesmos que se afirmam espíritas muita desconfiança e medo quando chamados a testemunhos.
Seria o ciúme um medo de que o outro repita um erro que cometemos em outras vidas? Não! Necessariamente, não é isso. Ciúmes é insegurança, carência, medo. Quando acreditamos em nós mesmos, quando desenvolvemos um ideal, quando amamos a luta e queremos vencer, esse sentimento mórbido não toma conta dos nossos corações.
As ligações de outras vidas podem explicar as diferenças nas relações entre a mãe e filhos diferentes? Claramente!
Qual a idade ideal dos nossos filhos conhecerem uma filosofia deste nível?
Falando desta existência, desde o momento em que nós mesmos fazemos contato com os fundamentos de tal filosofia, os nossos filhos, futuros filhos, já estão sendo beneficiados. Se considerarmos o matrimônio, desde os sonhos do namoro, os filhos já devem estar envolvidos nas reflexões, nas idealizações e quando concretizamos a idéia da maternidade na gestação, os filhos já devem fazer parte de todo nosso movimento interior na busca de espiritualidade.
Em questionamento, se tudo é planejado - inclusive na união entre dois seres - não é possível então haver uma união errada? Digo, alguém se casar com alguém por "engano"? Pode. É sabido que existe livre-arbítrio e muito respeito do plano espiritual para com as criaturas de Deus. Alguns renitentes e teimosos conseguem burlar o planejamento. Fazem as suas escolhas para perceberem depois o engano em que se envolveram.
Que papel tem os Gêmeos, trigêmeos e etc, na família?
Os gêmeos ou trigêmeos, eles têm o mesmo papel de todos os filhos, mas, com certeza, o nascimento de gêmeos, trigêmeos, etc. envolve um exercício de doação, de gratuidade interior, de fraternidade bem maior do que quando o casal tem um único filho. Tanto os pais, quanto os filhos, nessas circunstâncias, são chamados a um trabalho maior, no exercício do amor e na união da família.
Como é feito o planejamento do filho adotivo? O planejamento do filho adotivo é tão criterioso quanto do filho natural. Observa-se, também, que nesses casos os pais são chamados a um desprendimento, a uma aceitação maior, a um reajuste. Muitas vezes, após a adoção de uma criança, a mulher engravida, provando que esse filho adotado não veio por acaso, mas sim mediante a bondade superior.
Quando na família há casos de siameses é clássico de inimigos ferrenhos do passado, que tiveram oportunidade de se perdoarem, mas por muitas indas e vindas não o fizeram e na compulsória deste perdão, tiveram de nascer juntos.
A palavra "odeia" é muito forte.
Quanto ao ritual da primeira comunhão, seria lícito desconsiderá-lo, para que a criança decida num futuro próximo? É correto submeter a criança a rituais eclesiásticos alegando ser uma postura para sua não discriminação na sociedade?
Os pais que respeitam os seus filhos e que se sentem seguros não impõem quaisquer práticas. O ideal é exemplificar os sentimentos positivos, confiando que os filhos seguirão os bons exemplos, buscando trilhar os caminhos da moral.
Qual o impacto de alguém optar por não se casar,(e conseqüentemente não ter filhos, constituir família etc)? Ou seja, como podemos saber que estamos na opção correta? Digo, não é justo casar sem amor, só para constituir família, não é?
Primeiramente, nós precisaríamos saber se não nos casamos por vontade própria, ou porque não estava planejado. Muitas pessoas afirmam que casaram ou deixaram de casar por escolha e nem sempre é verdade. Agora, mesmo diante do planejamento reencarnatório, nós podemos dizer não, mas, conseqüentemente, teremos que arcar com as conseqüências. Não dá certo desrespeitar o que nos é indicado na reencarnação. Não podemos esquecer que o planejamento reencarnatório obedece a critérios sábios. Quanto a casar sem amor, se assim está planejado, o casamento ocorre e então é o cumprimento de uma Lei.
Como fazer com uma filha que tem dificuldades de externar o que quer e o que sente? Em casa existe muito diálogo e já houve tratamento psicológico.
Geralmente, os, pais, são ansiosos em relação aos seus filhos. Não lidam bem com o silêncio. Entendem que as crianças têm que estar gritando, pulando, correndo. Podem receber no lar um ser que prefira o silêncio, que não queira comunicar os seus sentimentos. Como também pode ocorrer de ser esse espírito um estranho a essa família. A melhor maneira de lidar é com cautela, paciência e carinho. Permitir que essa criança seja ela mesma e que ela entenda que falando, sorrindo, chorando ou ficando calada é amada.
Espiritualmente, como fica a mãe que abandona seu filho, mesmo que ele seja adotado por outra pessoa?
Ela fica com a responsabilidade desse abandono e isso não é tão simples: as conseqüências que essa criatura possa viver conduz a mãe responsabilidades muito sérias. Quem abandona enfraquece e os laços da maternidade fortalecem profundamente os sentimentos da mulher.
Coloco aqui duas máximas que eu guardo mas gostaria que fossem comentadas:
1) "A diferença entre amigo e parente é que amigo é aquele que escolhemos" ;
2) "Parentes, só ficam bem em fotografia".
Qual o momento ideal para falarmos sobre sexo com as nossas crianças? Devemos entender que o momento ideal é o da própria procura, quando a criança começa a fazer questionamentos ela já está indicando que é hora de ensinar. Muitos pais têm medo desses momentos e preferem que os seus filhos aprendam nas ruas. Vamos olhar nos olhos de nossas crianças transmitindo confiança e elas estarão sempre ao nosso lado, fazendo as perguntas certas e muitas vezes elas mesmas indicando-nos o que devemos falar. É melhor que elas aprendam em casa do que na rua,para a prederem sem malícia,sem maldade e com respeito ao sexo oposto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário