quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

"A loja do diabo"


"Porque os meus olhos só querem ver
O que não devo olhar? eu não quero ver!
Porque que os meus pés só querem ir
Onde não devo andar? eu não quero ir!

Não quero!!, mais isto é o que somos nós

Porque num momento eu amo e depois
Simplesmente não, eu não quero mais?
Porque que com uma das minhas mãos eu dou
E com a outra mão eu quero tirar?

Não quero!!, mas isto é o que somos nós...

O bem que eu quero
Esse eu não faço
O mal que não quero
Persegue os meus passos

Porque é difícil manter o alvo e
Fácil se perder, querer desistir?"


Conta a lenda que certo dia o demônio anunciou que decidira encerrar suas atividades e iria vender suas ferramentas a preço de liquidação.

As ferramentas foram atraentemente expostas.

Ali estavam o amor- próprio, o egoísmo, a sensualidade, o ódio, a cólera, a avareza, a inveja, o ciúme, a ambição de poder e muitos outros vícios. 

Havia ali, porém, uma ferramenta que parecia mais desgastada pelo uso. 

O demônio não estava muito inclinado a se desfazer dela, a menos que fosse por um preço bem alto.

Alguém lhe perguntou:

- Mas que é isso?

- O desânimo e a depressão – respondeu o demônio.

- Por que o preço é tão alto?

- Porque tem demonstrado ser muito útil.

Se todas as outras ferramentas falham, eu consigo, com apenas essa única ferramenta, arrombar o coração da pessoa e realizar o meu trabalho. 

É só induzir a pessoa a se sentir desencorajada, desanimada, abatida, que consigo fazer dela o que bem entendo. Usei essa ferramenta com quase todos.

Por isso é que ela está tão gasta.

Já foi dito acertadamente que o demônio se utiliza de duas artimanhas principais:

 uma delas é desecorajar-nos. 

Assim, por algum tempo, não conseguimos ser em nada proveitosos aos outros e somos derrotados. 

A outra é fazer-nos duvidar, rompendo assim o elo de fé pelo qual estamos unidos a Deus.




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