quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

"Fantoche de Deus"

"Nós pedimos as nossas provações" 

Somos herdeiros do nosso pretérito e, nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos.

Nós temos uma missão a ser realizada nessa existência e precisa se alinhar a ela.

Deus não castiga ninguém! Deus é imparcial!
A lei de causa e efeitos é implacável!

Nossa consciência, nosso juiz.

Não dá para achar que o nosso único propósito aqui na Terra é apenas trabalhar, sobreviver e pagar as contas. 

Temos que evoluir, o que significa muito mais do que defender os intere sses do mundo material.
Dúvidas quanto à missão da sua alma e o propósito da sua existência podem literalmente "esmagá-lo".

Dedique o máximo de tempo para identificar dentro do seu coração os caminhos que você deve seguir. 

Uma vez alinhado com essa programação interior, jamais deixe a dúvida tomar conta de você, o que pode comprometer muito sua evolução.

Constância de propósito e conexão com Deus são seus maiores aliados. 

Redobre a atenção e aniquile a dúvida.

 

É que nós necessitamos de uma interpretação mais exata do sofrimento em nosso caminho diário.
Creio que todos nós devemos pagar o tributo da evolução,
no agradecimento à Divina Providência dos bens que desfrutamos.
Acredito que, se a pessoa está no merecimento natural da cura,
 tenha ela fé ou não tenha fé,
a misericórdia divina permite que essa criatura encontre a restauração de suas forças.
A tendência da maioria é 
culpar a má sorte, como se as aflições
corriqueiras não respondessem aos mecanismos sutis da mente assolada
por dívidas morais e sentimentos de culpa. 
Por isso, costumamos afirmar que 
as di­retrizes espíritas servem para aclarar a nossa
percepção interior, facilitando-nos a reflexão a respeito das próprias
vivências desarmônicas ensaiadas em todas as épocas. 
O mal que infligimos aos se­melhantes não se dilui na esteira dos tempos, 
assim como a fumaça se dissipa no ar atmosférico. 
A memória espiritual retém em seus refolhos os atentados co­metidos intencionalmente contra a
har­monia cósmica. 
Todavia, o remorso re­sultante assemelha-se a
verdadeiro corpo estranho passível de atormentar o equi­líbrio
desejável do nosso campo mental. 
A consciência profunda e infle­xível de nossas atitudes infelizes,
em determinado instante, nos impele à drenagem saneadora daquilo que nos in­felicita..
 
É da Lei Divina que o ser humano receba, em si mesmo, o que plantou, 
nesta ou em outras encarnações. 
A lei de ação e reação nos mostra que 
tudo o que fizermos de errado nesta ou em outras vidas deve ser 
reparado. (Deus é imparcial e a Lei de causa e efeito é implacável).
O primeiro passo é o remorso. 
O remorso é um estado de alma 
que nos faz remoer o que fizemos de errado, mostrando as nossas falhas e
 os nossos deslizes com relação à lei natural.
O arrependimento, que vem em seguida, torna-nos mais humildes e mais obedientes a Deus. 
Depois de remoída e arrependida, a falta deve ser reparada, por isso o resgate. 
Remorso, arrependimento e resgate fecham o ciclo de uma determinada dor,
de um determinado sofrimento,(Que é reprisado em nossa "tela mental" 
quando desencarnamos e esse filme se repete ferindo a alma fazendo que  
nós pedimos as nossas provações para livrarmos da culpa).
Deus não nos oferece necessariamente tudo o que desejamos. 
Contudo, nos proporciona efetivamente tudo o que precisamos para evoluir. 
A visão entre o que desejamos e o que precisamos são diferentes porque uma vem do Eu Inferior e outra do 
Eu Superior. 
No momento em que alinharmos as duas visões estaremos 
sintonizados com a missão de nossas almas, consequentemente estaremos 
evoluindo a passos largos.
Agora, a nossa aflição ou a nossa inquietação, apenas perturbam os 
médicos deste mundo ou do outro, dificultando a cura. 
E podemos ainda acrescentar: 
que muitas vezes temos conosco determinados tipos de 
moléstias, que nós mesmo pedimos, antes de nossa reencarnação, 
para que 
nossos impulsos negativos ou destrutivos sejam amainados.
Muitas frustrações que sofremos neste mundo são pedidas por nós mesmos,
 para que não venhamos a cair em falhas mais graves
 do que aquelas que já caímos em outras vidas. 
Mas, como estamos num regime de esquecimento –
como uma pessoa anestesiada para sofrer uma operação –
então demandamos em rebeldia, em aflição desnecessária, exigindo uma cura, que se tivermos, será para nossa ruína, não para o nosso benefício.
São essas provações,
que coletivamente adquirimos do ponto de vista de débitos cármicos. 
As vezes empreendemos determinados movimentos destrutivos,
em desfavor da comunidade ou do indivíduo,
 às vezes operamos em grupo, às vezes,
 em vastíssimos grupos e, no tempo devido,
 os princípios cármicos amadurecem, e nós resgatamos as nossas dívidas,
reunindo-nos uns com os outros,
quando estamos acumpliciados nas mesmas culpas,
 porque a Lei de Deus é a Lei de Deus, formada de justiça e de misericórdia.
Aquilo que ficou estabelecido como sendo nossa dívida é uma determinação que devemos pagar. 
Se comprei e assumi a dívida, devo pagar.
Ao contrário do que imaginam os desa­visados, 
a dor não se trata de um
castigo imposto por Deus 
ou de uma condição aleatória que nos atinge
sem um motivo aparente. 
De acordo com os princípios que norteiam 
a doutrina espírita, 
o acaso e o determinismo absoluto inexistem, 
de maneira que, 
ninguém deveria atribuir a tais fatores a causa das
desditas atrozes que, por vezes, fustigam a alma humana.
É o que consideramos destinação, é o Karma.
Mas isso não impede a lei da criatividade
 com a qual nós podemos atuar todos os dias para o bem,
anulando o carma, chamado de sofrimento.
A misericórdia de Deus sempre nos proporciona recursos para pagar
ou reformar os nossos títulos de débito.
A morte não existe como sendo o fim de nossas preocupações e responsabilidade.
Atentos aos nossos deveres de ordem doutrinária,
endereçada ao burilamento e confraternização dos homens.
Nós nos  reconhecemos atualmente defrontados por crises de insatisfação.
Mas que as nossas casas punitivas,
 hoje chamadas de casas de reeducação, sejam escolas de trabalho e instrução.
Devotamento ao bem do próximo,
sem a preocupação de vantagens pessoais, já é um bom começo.
Uma vez a Verdade, me disse que ela se parece a um espelho do Céu
 que se quebrou ao tocar na Terra, 
em inúmeros fragmentos. 
Cada um de nós possui um pequeno pedaço desse espelho simbólico,
 com o qual pode observar a própria imagem, aperfeiçoando-a sempre.

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